Riscos físicos no ambiente hospitalar, como se manter seguro?
Acidente no ambiente hospitalar é fato e envolvem os profissionais da área da saúde como também pacientes, visitantes, instalações e equipamentos. Porém o principal objetivo de um hospital é prestar serviços na área de saúde com qualidade, eficiência e eficácia. Mas o que seria cada uma dessas características?
• Qualidade: Aplicar corretamente o conhecimento disponível, assim como da tecnologia, no cuidado da saúde.
• Eficiência: Obter um máximo de saúde com um mínimo de custo.
• Eficácia: A habilidade do cuidado, no seu máximo, para incrementar a saúde.
Percebemos então que, para que seja possível alcançar essas características, é necessário um sistema de prevenção de acidentes, ou seja, de uma administração efetiva na segurança dos profissionais da área da saúde como também para os pacientes.
Diante desse cenário, é conhecimento de todos que o hospital apresenta riscos para os trabalhadores que lá exercem suas funções. Mas quais são esses riscos, e o que fazer para preveni-los?
Os riscos são classificados como:
• Físicos;
• Químicos;
• Biológicos;
• Ergonômicos;
• Acidentes.
Agora vamos descobrir quais são os riscos físicos e o que fazer para preveni-los de forma segura.
Riscos Físicos são as diversas formas de energia as quais os trabalhadores podem estar expostos. Dentre elas:
• Calor: Amplamente utilizado no ambiente hospitalar nas operações de limpeza, desinfecção e esterilização dos artigos e áreas hospitalares, dentre outros.
Quando em quantidades excessivas pode causar efeitos não desejados sobre o corpo humano, como por exemplo:
– Golpe de calor: Ocorre na realização de tarefas muito pesadas em ambientes muito quentes. São sintomas: colapsos, convulsões, delírios, alucinações e coma.
– Desidratação: Ocorre quando a água é eliminada por sudorese e não há reposição através do consumo de líquidos. São sintomas: aumento da pulsação e da temperatura corporal.
O trabalhador encontra-se diante do risco físico do calor em ambientes como centro de esterilização de materiais, serviços de nutrição e dietética, lavanderia hospitalar e casa de caldeiras. Em relação às formas de proteção contra o calor, algumas são necessárias, como:
– Proteção contra calor radiante (contato direto entre as partes que recebem e as que cedem calor): Deve-se fazer uso de anteparos refletores, como placas de alumínio polido. A superfície refletora deve estar sempre limpa.
– Proteção contra o calor de convecção (através de massas de ar): Utiliza-se a renovação das massas de ar aquecidas por outras mais frias.
• Radiações Ionizantes: É a radiação que produz energia suficiente para gerar raios-x. São capazes de danificar nossas células e alterar o material genético, causando graves doenças e levando até a morte.
As formas de proteção contra a radiação ionizante são várias, tendo como principais:
– As paredes e portas das salas que contém equipamentos geradores de radiação devem ter revestimento de chumbo.
– Devem ser instalados indicadores luminosos nos locais sujeitos a radiações, informando se estão sendo utilizados ou não.
– Os equipamentos de radiação devem ser desligados automaticamente caso ocorra abertura acidental da porta de acesso ao local sujeito à radiação.
– Os aparelhos devem possuir dispositivos que os desliguem automaticamente depois de decorrido o tempo de exposição pré-selecionado.
– Nenhuma pessoa, além do paciente, deve ficar na sala de tratamento.
– Alarmes sonoros e visuais devem ser acionados sempre que as doses de radiação previstas forem ultrapassadas.
– As salas devem dispor de meios de comunicação oral e visual com o paciente.
– Somente trabalhadores com treinamento adequado podem operar equipamentos geradores de radiação.
– Os operadores devem se manter o mais afastado possível do paciente. Caso não seja possível (como no caso de escopias), devem usar protetor de tireoide, óculos plumbíferos e luvas apropriadas.
– Os operadores devem utilizar sempre dosímetros individuais na parte do corpo mais exposta à radiação. Quando usar avental plumbífero, o dosímetro deve ser colocado conforme orientação do fabricante.
• Radiações não ionizantes: São radiações de frequência igual ou menor que a luz. Não alteram nosso material genético, mas algumas são capazes de gerar doenças. Por exemplo: radiação UV usada no processo de esterilização e luz infravermelha empregada em fisioterapia e processos cirúrgicos na forma de laser.
As formas de controle desse risco tem como base a utilização de óculos de segurança. As regras específicas para os raios laser são:
– Ajustar o laser em baixa potência para a fase de preparação. Ajustar em alta potência somente após determinar a direção de uso.
– Assegurar precisão através da calibração preventiva.
– Manter superfícies reflexivas afastadas do campo onde o laser será utilizado, prevenindo reflexões acidentais.
– Evitar o uso conjunto de laser a anti-inflamatórios inflamáveis ou oxigênio em concentrações maiores que 40%.
– Usar o vácuo para remover a fumaça do centro cirúrgico.
– Eliminar cortinas inflamáveis e cobrir as janelas com material opaco.
– Instalar tecidos úmidos ao redor do campo cirúrgico de modo a evitar queimaduras acidentais por raios mal intencionados.
Siga corretamente as instruções para que os acidentes sejam evitados. Aja com consciência, zelando sempre pela sua vida, para poder cuidar das outras!