Entenda a importância de sempre realizar a Análise Ambiental da Segurança e Higiene do Trabalho
Todos os ambientes sejam os ocupacionais ou seculares possuem riscos ambientais, por vezes aparentes, outras não, ocultas que os olhos de um bom especialista detectam a ponto de evitar um acidente, uma doença ocupacional ou fatalidade.
É difícil prever com antecipação, exceto por presumível aproximação, quando o especialista em contato direto como local, em geral, tem-se a ação reativa do momento, pouco confiável para uma previsão antecipatória, dado que algumas variáveis podem ser avaliadas, mas não necessariamente ter-se-á uma maior certeza do fato. No entanto, essa previsão, à medida que o profissional adquire maior experiência, aumenta consideravelmente e torna-se mais confiável, uma vez que a experiência possibilita a análise mais abrangente das variáveis que influenciam no ambiente de trabalho.
Quanto mais um profissional da área de Segurança Medicina e Higiene do Trabalho adquire mais experiência, tanto maior é a probabilidade de ele obter melhores avaliações das variáveis que influenciam na ocorrência de não conformidades em sua área de atuação, de modo a evita-las ou minimizá-las.
Entretanto, para esse profissional, esse modo de agir é indesejável, ainda mais em se tratando de saúde física e mental dos trabalhadores, visto que a ação é puramente reativa. Ressalte-se que, para fins de prevenção, dizemos que experiência não quer dizer necessariamente tempo de atuação, mas a capacidade de agir de maneira proativa, antecipadamente às variáveis que ocasionam as não conformidades na área da SMHT.
Se observarmos qualquer ambiente, notaremos que são inúmeras as variáveis que o influenciam, fazendo com que ele tenda a ser dinâmico, mude sua inércia em diversas direções, de acordo com o momento espacial e temporal, adaptando-se às situações existentes. Podemos fazer esse paralelo com nossas próprias vidas, as quais se modificam constantemente e são dependentes de diversas variáveis, novas e antigas, para darmos os impulsos necessários à obtenção de nossos objetivos.
As organizações adaptam-se às influências do ambiente, modificando sua inércia para evitar que a entropia natural dos sistemas engula-as. E, dados os fenômenos globais mais recentes das muitas variáveis que mais influenciam na mudança de inércia das organizações (e de nós próprios), são:
➢ Globalização: novos mercados, novas tecnologias, novos produtos, novas mentalidades e novas necessidades, novas competências, novas maneiras de pensar e agir.
➢ Cadeia de valor: reinvenções, agilidade, preço baixo verso valor agregado, rede logística, incluindo fornecedores e vendedores.
➢ Lucratividade: crescimento com redução de custos verso crescimento com aumento de receita.
➢ Capacidade: confiabilidade interna e externa, baseando-se na transformação de competências individuais em competências organizacionais.
➢ Novos paradigmas: queda de fronteiras, capacitação às mudanças e às transformações, flexibilidade e agilidade, aprendizado contínuo.
➢ Mudança de parâmetros: atenção, previsão e ação constantes às contingências ambientais.
➢ Tecnologia: redefinição da organização do trabalho e dos postos de trabalho.
➢ Mensuração da competência: construção de indicadores de eficiência e eficácia.
➢ Capital intangível: potencialidades, habilidades, perspectivas e experiências.
➢ Participação: mental (imagem) e ou transformacional (eliminação da ineficiência e da ineficácia).
Contudo, podemos notar que os caminhos que nos levam para algum lugar é apenas uma situação que nos faz agir de maneira reativa, obrigando-nos a nos adaptar às condições do ambiente.
Portanto, do ponto de vista de adaptação às variáveis ambientais é que se começa a visualizar a importância de mudança nas organizações.