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Saúde auditiva do trabalhador

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Nesse DDS vamos abordar a saúde auditiva do trabalhador. O ouvido do ser humano é dividido em três partes: externo, médio e interno. • Ouvido externo: formado pelo pavilhão auricular e canal auditivo; • Ouvido médio: contém os três ossículos (martelo, bigorna e estribo) e a abertura da tuba auditiva; • Ouvido interno: também conhecido […]

Nesse DDS vamos abordar a saúde auditiva do trabalhador.

O ouvido do ser humano é dividido em três partes: externo, médio e interno.

• Ouvido externo: formado pelo pavilhão auricular e canal auditivo;

• Ouvido médio: contém os três ossículos (martelo, bigorna e estribo) e a abertura da tuba auditiva;

• Ouvido interno: também conhecido por labirinto e responsável pelo nosso equilíbrio e pela audição.

A audição é um dos sentidos mais importantes e tem função primordial na comunicação e preservação da espécie, pois está diretamente ligada à função de alerta.

As perdas auditivas encontram-se entre as mais frequentes doenças relacionadas ao trabalho.

Mas para que possamos compreender melhor como isso acontece, devemos entender alguns conceitos.

Ruído é um som indesejado, desagradável e que agride ao ouvido humano. Tem curta intensidade e é medido em decibéis (dB). Fatores como intensidade e duração à exposição do ruído estabelecem sua periculosidade.

Decibel (dB) é a unidade utilizada para medir a intensidade de um som. A escala decibel pode ser considerada um pouco estranha, pois o ouvido humano é extremamente sensível. Podemos ouvir desde a ponta do dedo passando sobre a pele como também o motor de um avião a jato! E quanto mais distante estiver o som, mais potência ele perde.

Riscos ambientais são os agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes aos quais os trabalhadores encontram-se expostos no local de trabalho. O ruído é classificado como o agente físico nocivo à saúde mais frequente no ambiente de trabalho. É a principal causa de perdas auditivas (PAIR – perda auditiva induzida por ruído) decorrente de exposições prolongadas a elevados níveis de pressão sonora.

Estima-se que grande parte dos trabalhadores da indústria cumpre sua jornada de trabalho em locais com presença de ruídos e de outros agentes. E cerca de 10 a 60% dos trabalhadores expostos a essas condições sofrem algum grau de lesão auditiva. Somando esse número ao de trabalhadores de outras áreas, o total de vítimas é torna cada vez mais alarmante.

A exposição do trabalhador ao ruído pode ser constante ou intermitente (apresentando interrupções). O tempo de exposição, a intensidade do ruído e a susceptibilidade do indivíduo têm relação direta com a severidade dos agravos a saúde.

Mas qual a relação entre a exposição ao ruído e os acidentes de trabalho?

Na presença de um local muito ruidoso o trabalhador se depara com situações altamente propícias para que um acidente aconteça, como por exemplo:

• Dificuldade de comunicação;

• Dificuldade na manutenção da atenção e concentração;

• Dificuldade para memorizar algo;

• Permanente estado de estresse;

• Fadiga excessiva;

• Permanente zumbido no ouvido.

Dessa forma o trabalhador deve cumprir rigorosamente todas as normas de segurança; evitar exposição extra-ocupacional (o ruído social ou de outra ocupação) para não acumular as exposições ao agente; cuidar da própria saúde evitando atividades que prejudiquem sua audição ou que o torne mais predisposto aos efeitos do ruído; colaborar e apoiar os colegas de trabalho que já sofram de alguma perda auditiva, no desempenho de suas funções.

PCA e saúde auditiva

É importante também que o trabalhador participe da elaboração do PCA, com colaboração direta, críticas e sugestões.

O PCA consiste nos Programas de Conservação da Audição, que fazem o gerenciamento audiométrico, controlam a exposição e protegem o trabalhador individual e coletivamente.

Esses programas educam e instruem periodicamente os envolvidos em todos os níveis hierárquicos da empresa. Anualmente é feito um monitoramento de todas as etapas do programa.

Não há uma forma de reverter as perdas auditivas relacionadas ao trabalho.

A prevenção é a única arma disponível no combate ao agravo.

Por isso devem ser prevenidos o desencadeamento de novos casos (com o uso de EPC’s e EPI’s), o agravamento dos casos já existentes e as seqüelas sociais decorrentes da doença.

O ruído não está presente apenas no ambiente de trabalho. Ele está nas ruas, bares, nas nossas casas e até mesmo de forma invisível, com o aumento do número de pessoas que utilizam fones de ouvido em meio ao insuportável barulho das cidades.

Por isso é essencial cuidar da saúde auditiva não somente no local de trabalho, mas adotar essa prevenção como um hábito de vida.

Caso contrário, quando menos se esperar você deixará de ouvir aqueles sons que tanto apreciava.

Cuide-se!