Preconceito é crime, sabia?
Olá! Seja bem vindo a mais um DDS Online. O tema de hoje é preconceito. Eu sou Herbert Bento, fundador desse site. Espero hoje ajudar você a desenvolver seu próximo tema de DDS. Vamos lá?
De acordo com a Lei N° 9.459: “Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional” e ainda “Praticar, induzir, ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. A pena é de um a três anos de reclusão e multa. Ou seja, preconceito é crime!
Preconceito nada mais é do que uma ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial. Quer dizer, pode ser caracterizado como um juízo preconcebido, geralmente manifestado na forma de atitude discriminatória perante pessoas, lugares, tradições, crenças, etc.
A formação do preconceito é baseada em três componentes: crenças, sentimentos e tendências comportamentais. O ponto de partida costuma ser o estereótipo, ou seja, uma ideia, conceito ou modelo que se estabelece como padrão. É cultivado quando uma imagem de determinadas pessoas, coisas ou situações são preconcebidas, definindo e limitando pessoas ou grupos de pessoas na sociedade.
Os tipos de preconceito existentes
– Preconceito Racial (Racismo):
É uma forma de pensar que acredita na existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. É um conjunto de opiniões formadas a partir de um estereótipo valorizando as diferenças entre os seres humanos. Dados históricos sobre racismo compreendem desde épocas muito remotas até os dias atuais.
– Preconceito Social:
Nesse caso, as pessoas acreditam que as classes mais inferiores são piores, por possuírem menos bens que as superiores. Está diretamente relacionado ao poder aquisitivo, ao acesso a renda, a posição social, ao nível de escolaridade, ao padrão de vida, etc.
– Preconceito Quanto a Orientação Sexual:
Está na Constituição Brasileira que “todos são iguais perante a Lei”, ou seja, o fato de alguém optar por amar outra pessoa do mesmo sexo não diz respeito a mais ninguém que aos envolvidos. Homofóbico é aquele que demonstra várias atitudes e sentimentos negativos em relação a gays (homens ou mulheres), bissexuais, transexuais, etc. Assim como o racismo e outras formas de preconceito, a homofobia procura desumanizar um grupo de pessoas negando sua dignidade e opção pessoal. É um crime de violação dos direitos humanos.
– Preconceito Contra Deficientes:
O maior problema nesse caso é a falta de conhecimento da população em relação aos problemas que a pessoa com deficiência possa apresentar. E a ignorância não compreende somente os mais pobres, mas também (e em muitos casos) aqueles com maior poder aquisitivo. Muitas vezes, o deficiente é visto como uma pessoa com limitações, incapaz, e daí surge o sentimento de negação em relação a ele. A sociedade como um todo não olha para o deficiente pelo que ele é (como pessoa), mas sim pelo que tem ou não tem. Uma pessoa deficiente, de acordo com suas possibilidades, é tão ou mais capaz do que muitos ditos “perfeitos” de realizar alguma atividade, seja ela física ou mental.
– Preconceito Religioso:
Um dos mais encontrados é esse tipo de preconceito. Pessoas que simplesmente não toleram outra religião que não a sua, e por isso, agem com extrema intolerância em relação à fé alheia.
– Bullyng:
É um termo em inglês usado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por uma ou várias pessoas, causando dor e angústia, sendo executados em uma relação desigual de poder.
Resumindo, é aquela famosa brincadeira sem graça, que para quem faz pode até parecer inocente, mas para quem sofre, causa sérios problemas psicológicos.
Preconceito é preconceito em qualquer lugar, seja em casa, na escola, na rua, no local de trabalho, etc. No ambiente de trabalho, pode causar sérios problemas entre os trabalhadores.
Dicas para amenizar o problema do preconceito
Vejamos algumas ações que organizações podem implementar para tratar essa questão:
– Promoção de campanhas e palestras informativas;
– Estímulos à convivência entre diferentes tipos de pessoas;
– Criação de dinâmicas em grupo para aumentar as afinidades entre as pessoas;
– Disponibilização de auxílio (psicológico e judicial), etc.
A base para as mudanças do mundo está na educação. Com o conhecimento adequado, preconceitos e outros tipos de intolerâncias e injustiças acabarão. Dois ditados exemplificam em essa situação:
– “É preciso respeitar para ser respeitado”
– “Não faça com o outro o que não gostaria que fizessem com você”
Pense e reflita! Preconceito é crime, e não vale a pena!
Consequências do preconceito no ambiente de trabalho
O preconceito no ambiente de trabalho pode gerar uma série de consequências negativas, tanto para os indivíduos diretamente afetados quanto para a organização como um todo.
Entre os principais impactos estão:
- Redução da produtividade: funcionários que sofrem ou presenciam atos de preconceito tendem a se sentir desmotivados e desvalorizados, o que pode afetar diretamente sua produtividade. Quando não se sentem acolhidos ou respeitados, os trabalhadores perdem o engajamento e o desejo de contribuir plenamente com a empresa.
- Aumento do estresse e do absenteísmo: o preconceito gera um ambiente hostil, causando desconforto e estresse emocional. Trabalhadores que enfrentam discriminação têm maior propensão a sofrer de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, o que pode levar a um aumento no absenteísmo e nas licenças médicas.
- Clima organizacional prejudicado: um ambiente de trabalho onde o preconceito é presente acaba por criar divisões entre os colaboradores. Conflitos, desentendimentos e falta de cooperação tornam-se mais frequentes, dificultando a criação de um clima organizacional saudável e colaborativo. Isso pode resultar na perda de talentos, além de danos à imagem da empresa, que pode ser vista como um lugar hostil ou pouco inclusivo.
- Aumento do turnover (rotatividade de funcionários): em empresas onde o preconceito não é combatido, os colaboradores afetados tendem a buscar novas oportunidades em ambientes mais respeitosos e acolhedores. O aumento da rotatividade eleva os custos com recrutamento e treinamento, além de prejudicar a continuidade e o desenvolvimento das equipes.
- Consequências legais e financeiras: empresas que permitem práticas discriminatórias estão sujeitas a ações judiciais, multas e indenizações. Além dos custos financeiros, esse tipo de situação pode prejudicar a reputação da organização, afetando relações com clientes, fornecedores e até investidores.
Em resumo, o preconceito no ambiente de trabalho é um problema que vai além da questão individual, afetando a produtividade, o bem-estar dos colaboradores e a saúde financeira e reputacional da empresa. Combater essas atitudes é essencial para promover um ambiente de respeito e inclusão.
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