Doenças escondidas no dinheiro
Quando manipulamos dinheiro temos que estar atentos, pois podemos nos contaminar através dele, principalmente as notas velhas, sujas ou coladas com fita.
As notas poderão estar contaminadas com várias espécies de microrganismos que são normais na flora intestinal do homem, o que evidencia uma contaminação: mãos, fezes e dinheiro.
As cédulas contaminadas normalmente são manuseadas por pessoas que muitas vezes, tocam nos alimentos e no dinheiro ao mesmo tempo, como por exemplo: bares, pequenas padarias, açougues, etc.
Cuidados que diminuem os riscos de contaminação:
• se você manuseou cédulas, lave bem as mãos antes de tocar em alimentos.
• evite molhar os dedos com saliva ao contar cédulas. • após manusear cédulas lave sempre as mãos com bastante sabão.
• dinheiro colocado na boca é a fonte mais rápida de contaminação, evite.
À medida que o dinheiro vai sendo passado de mão em mão, ele passa a receber uma quantidade de microrganismos de quem manipula as superfícies.
Outro aspecto que favorece a contaminação é a falta de saneamento básico, pois uma vez que esse dinheiro cai em um solo contaminado com fezes ou esgoto, ele já se contamina.
Recapitulando, essa contaminação vem de manipulação, de exposição e de desleixo, ou seja, falta de cuidado com o dinheiro.
Essas bactérias encontradas na pesquisa podem causar aquelas infecções mais comuns que a pessoa tem sem saber onde contraiu, como terçóis, faringites, otites, acnes, furúnculos e micoses, por exemplo.
Essas infecções podem se tornar muito sérias, se forem manipuladas, e se as bactérias penetrarem na corrente sanguínea.
As pessoas que manuseiam dinheiro diariamente e aquelas que não têm cuidados básicos de higiene (manuseiam dinheiro e colocam a mão na boca) estão muito mais expostas a essas contaminações.
As cédulas são companheiras inseparáveis no dia a dia, mas o que muita gente deixa passar despercebido é que o dinheiro é uma grande fonte de contaminação.
Devido à falta de higiene, as bactérias encontram um caminho fértil para se proliferar e contaminar outras pessoas.
Durante um ano, a bióloga Fernanda Ribeiro Inocente coletou 200 cédulas de real sendo 50 de cada valor – R$ 1, R$ 5, R$ 10 e R$ 50.
As duas de menor valor, que circulam com mais facilidade entre a população, foram as que apresentaram uma quantidade maior de bactérias.
Nas de R$ 1 foram encontradas 59 tipos e nas de R$ 5, 69.
Já nas de R$ 10 foram 43 tipos e nas de R$ 50, 37 bactérias diferentes.
Parte destes organismos não representam riscos à saúde, mas alguns podem provocar problemas intestinais, de pele e até doenças como a pneumonia.
Fernanda comenta que foram encontrados 12 gêneros e 23 bactérias diferentes que habitam o intestino grosso e o solo.
Um paciente que está com a imunidade baixa pode ser um alvo fácil se entrar em contato com alguém que acabou de manusear o dinheiro.
Dinheiro no bolso é muito bom, mas colocado na boca é a fonte mais rápida de grave contaminação como a septicemia, que é uma infecção generalizada.
Por isso não se esqueça de sempre lavar as mãos com água e sabão após manusear cédulas e moedas.