Medidas preventivas contra a dengue
Olá, equipe! Sejam todos muito bem-vindos a mais um DDS Online. Sou o Herbert Bento e, hoje, dedicaremos nosso tempo a um tema que, infelizmente, ressurge anualmente em nosso país: a dengue.
Ao longo deste DDS veremos não apenas as medidas preventivas, mas também a história da dengue, seus impactos na sociedade e como cada um de nós pode desempenhar um papel relevante na prevenção e controle dessa doença.
Estamos vivenciando um período crítico em relação ao meio ambiente, no qual as mudanças climáticas têm impactos em todo planeta. Embora algumas regiões sejam mais afetadas do que outras, é inegável que todos nós estamos lidando com as consequências dessas transformações. Até já escrevi sobre isso em outro DDS: ondas de calor.
O Brasil é um país tropical por isso enfrenta o calor ao longo do ano. Essas condições climáticas favoráveis contribuem para o aumento do acúmulo de água limpa, atraindo um inseto conhecido por todos: o Aedes aegypti.
Se você pensa que esse assunto é fora de moda, não se engane, pois o tema é muito atual. Dados do Ministério da Saúde, divulgado em 27/12/2023, mostra que o Brasil atingiu recorde de mortes por dengue em 2023. Ao todo, foram 1.079 mortes pela doença, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Portanto, leia e implemente esse DDS para prevenir!
Mosquito da dengue
Este pequeno mosquito tem sido responsável por disseminar diversas enfermidades em todo o território nacional. A dengue é uma doença febril aguda que atinge indivíduos quando o vírus penetra no organismo através da picada de um mosquito infectado.
Os sintomas comuns incluem febre, dores no corpo (principalmente nas articulações), dor de cabeça, manchas vermelhas na pele e, em casos mais graves, sangramento nas gengivas.
As prefeituras procuram fazer seu papel na prevenção, orientando a população, realizando pulverizações em áreas propensas e eliminando os focos de reprodução do mosquito. Entretanto, a responsabilidade não é apenas das autoridades. Nós, como cidadãos, temos também um papel no extermínio das larvas e no controle do desenvolvimento do inseto.
A chave para o combate está na conscientização das pessoas, na assunção de responsabilidades individuais e na união em uma força-tarefa para eliminar o mosquito transmissor da dengue.
Agora, compartilharei algumas dicas práticas sobre como evitar atrair o Aedes aegypti.
Dicas práticas para eliminar o Aedes aegypti
Essas estratégias não apenas contribuirão para o conhecimento geral, mas também para conscientização e, consequentemente, para o fim dos focos que têm afetado tantas vidas.
- Evite o acúmulo de água em recipientes diversos, uma vez que o mosquito prefere água limpa. Isso inclui pneus abandonados, garrafas com o gargalo para cima e entulhos que possam acumular água.
- Certifique-se de tampar adequadamente a caixa d’água e realizar uma higienização regular.
- Ao regar as plantas, coloque areia nos pratos para evitar o acúmulo de água.
- Trate a água da piscina para que não se torne um criadouro.
- Esteja atento a locais em reforma ou construção, pois os resíduos são propícios ao acúmulo de água; adicione cal ou cloro granulado regularmente.
- Lave periodicamente os bebedouros de aves e animais de estimação.
- Verifique se as calhas não estão obstruídas com folhas secas, impedindo o acúmulo de água.
- Examine a bandeja do ar condicionado para garantir que não esteja acumulando água.
- Descarte resíduos sólidos em recipientes amarrados, evitando o acúmulo no chão, como copos descartáveis, tampinhas de garrafa, latas, cascas de ovos, entre outros.
- Verifique poços de elevador, onde a presença de água pode propiciar um criadouro; adote medidas como o uso de cal ou cloro granulado.
Estas são medidas básicas de higiene e prevenção. A saúde pública não é responsabilidade exclusiva do governo; cada indivíduo pode contribuir para uma gestão pública mais eficaz e para a erradicação da dengue.
Agora, vamos explorar mais a história da dengue, compreendendo como ela ressurgiu em nosso país e os desafios enfrentados pelas autoridades de saúde.
História da dengue
Historicamente, a dengue foi identificada pela primeira vez no Brasil em meados do século XX. No entanto, a situação tornou-se mais grave nas últimas décadas, com a urbanização acelerada, o aumento da mobilidade da população e as condições climáticas favoráveis à reprodução do Aedes aegypti.
O ciclo de vida do Aedes aegypti é ligado ao ambiente urbano. Este mosquito prolifera em recipientes artificiais, como vasos de plantas, pneus descartados, caixas d’água mal vedadas e outros objetos que acumulam água parada. A urbanização desordenada, muitas vezes sem infraestrutura adequada para o tratamento e armazenamento de água, cria um ambiente propício para a reprodução do mosquito.
O retorno da dengue como uma ameaça à saúde pública mostra a necessidade de uma abordagem mais abrangente e sustentável. As autoridades de saúde têm enfrentado o desafio de combinar estratégias de curto prazo, como campanhas de erradicação de focos, com medidas de longo prazo, como melhorias na infraestrutura urbana e educação contínua sobre prevenção.
É importante que a população compreenda a gravidade da situação e reconheça sua responsabilidade individual na prevenção da dengue.
A colaboração entre a comunidade, as autoridades de saúde, pesquisadores e setores governamentais é fundamental para superar os desafios relacionados à dengue.
Diante desse cenário, reforço a importância de cada indivíduo assumir a responsabilidade pela prevenção da dengue em sua comunidade. Ações simples, como a eliminação regular de possíveis criadouros em casa, a conscientização de vizinhos e a participação em campanhas locais, podem fazer uma grande diferença.
Tratamento da dengue
O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações graves, mas a semelhança dos sintomas com outras doenças virais e a falta de testes específicos muitas vezes dificultam a identificação rápida da dengue.
O tratamento da dengue é, principalmente, sintomático, focado no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações. No entanto, em casos mais graves, como a dengue hemorrágica, a hospitalização e o suporte intensivo são necessários.
As autoridades de saúde enfrentam o desafio constante de fortalecer o sistema de saúde, garantindo que todas as regiões tenham acesso a serviços de qualidade.
Além disso, é importante promover campanhas educativas que esclareçam a população sobre os sinais de alerta da dengue, incentivando a busca por assistência médica precoce.
Ao discutirmos a dengue, não podemos ignorar o papel das mudanças climáticas na propagação de doenças transmitidas por mosquitos. As alterações nos padrões climáticos afetam não apenas a distribuição geográfica do Aedes aegypti, mas também influenciam a sazonalidade e a intensidade dos surtos de dengue.
Diante desse cenário, é necessário adotar uma abordagem integrada que una esforços no combate à dengue e na mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Políticas de adaptação e prevenção, aliadas a práticas sustentáveis, podem contribuir para reduzir a vulnerabilidade das comunidades e para fortalecer a resiliência diante dos desafios climáticos.
Conclusão
Em conclusão, a dengue é um problema complexo que exige uma abordagem multifacetada, envolvendo prevenção, diagnóstico, tratamento, fortalecimento do sistema de saúde e adaptação às mudanças climáticas. Cada indivíduo tem um papel relevante a desempenhar na prevenção da dengue, desde a eliminação de criadouros até a busca por assistência médica ao primeiro sinal de sintomas.
Fonte: Fundação Fiocruz